1. |
Barco
02:32
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Leva-me de barco
Dá-me a conhecer o sítio onde os rios correm
Onde nascem as palavras
E possa todo o dia
Estar perto de ti
Leva-me de barco
Ao sítio onde tudo nasce
E não haja quem pergunte por nós
Se a noite cair
Que seja dentro de um barco
Que aguente o regresso
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2. |
Cacto
03:23
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Estou a pisar o campo onde o verde do chão é um manto
Sou um cacto preso ao chão
Abano ao sabor do vento
Dormir é ficar ao relento...
Tudo o que pesa tende a cair.
E de manhã vejo folhas no chão perder a luta
Quantas folhas terei de ver cair?
A subir para onde vejo
A Luz a clarear o campo
Chega tão depressa...
Que vai embora.
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3. |
Corto
02:29
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O Corto é o meu cão
Foi ter com o irmão e morreu na passadeira
Fiz esta canção para lembrar o meu cão...
Voltaremos a brincar um dia!
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4. |
Fenda
04:22
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Vou contar até dez...
Já não posso ouvir falar das coisas que não fizeste e deixaste ficar para trás
Deixaste para trás...
Vou contar até três, desta vez,
Já não posso ouvir lamentar o teu modo triste e fraco
Vou ter antes a um sítio especial...
A este sítio especial
Por isso espero a Luz do dia
Que a noite agora finda a festa que já foi
Se contasse até cinco não seriam os teus sentidos...
Por estarem longe demais...
Afastados dos meus...
Tão longe dos meus...
Por isso espero a Luz do dia
Que a noite agora finda a festa que já foi
Por isso espero a Luz do dia
Que a noite agora finda a fenda que já foi
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5. |
Lua
03:05
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A Lua é uma certeza que é feita da matéria dos sonhos
É roupa que se veste
Um sonho que não despe
Um trilho surdo e mudo
Um concreto sentido nulo!
Um filamento de um rumo
Que na certeza ruma a todos...
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6. |
Luz
02:59
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7. |
Mais uma manhã
03:41
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Se pudesse acordar de manhã
E com o barco atravessar o rio
Ir buscar a Luz de novo a um sítio onde só faz frio
Se pudesse acordar de manhã
E aprender como funciona o mundo
E espalhar a Luz de novo
Pelos sítios à minha volta...
O futuro está aqui
O passado está aqui
O presente está aqui mesmo no meio de nós!
Aqui entre nós,
Só mais uma manhã...
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8. |
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Vê que o tempo não parou
Vê o rasto que deixou
Por trás de ti
No meio de nós
Vê o sangue que ficou
Quando o fumo nos queimar
Fica o medo de parar
Por trás do fim
No meio de nós
Vê o sangue que ficou
Quando o tempo deixar
Vai haver mais paz
Vai haver alguém para ter, para dizer ficar
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9. |
Segredo
03:38
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Pode ser que o dia marque hora para me encontrar
Vem ver a estreia deste filme que é o nosso
Mas desta vez a festa não perde tempo
E o filme que vais ver está perto do que queres ver viver
Não vejo as cores do dia desde que a palavra se perdeu
Não dou o que devia...
Tenho vontade de poder ficar...
Mas desta vez a festa não perde tempo
E o filme que vais ver está perto do que queres ver viver
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Ricardo Frutuoso Lisbon, Portugal
"IV
Encostas a face à melancolia e nem sequer ouves o rouxinol. Ou é a
cotovia?
Suportas mal o ar, dividido entre a fidelidade que deves
à terra de tua mãe e ao quase branco
azul onde a ave se perde.
A música, chamemos-lhe assim,
foi sempre a tua ferida, mas também
foi sobre as dunas a exaltação.
Não oiças o rouxinol. Ou a cotovia.
É dentro de ti
Que toda a música é ave."
Eugénio de Andrade
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